Definição de Riscos
Um ponto importante que esta passando meio que despercebido pelos ergonomistas e técnicos em geral, revela uma fragilidade jurídica e técnica muito importante. Nos referimos à elaboração das AET´s e AEP´s, como fundamentos para definição dos RISCOS no PGR. Devemos deixar claro que o PGR se pauta numa confissão pública das empresas sobre suas condições de segurança e saúde, portanto deverá estar pautada em bases JURAMENTADAS. Neste caso, mais especificamente com relação à ergonomia, há uma série de IS0´s que podem ser empregadas desde que se compreenda a relação “demanda vs ferramenta”.
Temos as IS0´s ; 11228-1, 11228-2, 11228-3, 11226, 20646, 7250, 10075, algumas já transformadas em NBR´s, que podem servir de base juramentada para definição dos RISCOS, seja pelos conceitos inscritos ou pelo uso de ferramentas específicas para definição das severidades. Portanto, temos uma grande ajuda para definição das severidades e construção das matrizes/inventário.
Ressaltamos que mesmo tratando-se de uma AEP (Análise Ergonômica Preliminar), há necessidade de juramentação, tendo-se em vista que definir uma condição como “SEM RISCO” é basicamente estabelecer que a possibilidade da ocorrência de eventos é baixa e que se houver, deve-se verificar a metodologia. No caso dos acidentes a situação é mais simples, pois o evento esta relacionado ao tempo e não remete ao passado, condição que não se aplica às doenças que podem ser remetidas ao passado.
Nos parece há uma certa mitigação sobre a complexidade e seriedade das AEP´s, muitos inclusive optando por uso de “check lists” improvisados, alguns simplesmente fazendo uma visita rápida ao posto. Em breve muitas atividades consideradas SEM RISCO começarão a apresentar acometimentos e certamente serão cobradas as metodologias empregadas. Importante deixar claro que não devemos definir RISCO por percepções ou opiniões pessoais, devemos empregar ferramentas e metodologias bem definidas e ancoradas.
Quando um termômetro define 37.3 graus, tratamos de uma condição muito diferente da percepção da febre com emprego das mãos, temos uma metodologia e uma ferramenta que é reconhecida internacionalmente, por esta razão nos parece extremamente importante entender que não é tão simples assim definir o RISCO.
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